quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Um longo caminho para casa

Tentando fugir do meu readquirido vício em romances de jornaleiro, acabei encontrando esse livro de Danielle Stell.  Lembrei-me imediatamente de Uma criança no inferno, relato real da infância de Dave Pelzer, um dos piores casos de abuso físico infantil dos Estados Unidos.

Foi difícil. Estava me acostumando aos finais felizes dos romances água com açúcar. Interrompi a leitura para começar a rascunhar este post, com a verteza de que valeria a pena um post só para ele.

Desta vez a violência se passa com uma menina. A mãe ainda é a agressora, mas a família é abastada o que não é usual nesses casos. O pai continua sendo um covarde.

Aliás, nesses livros é que se tem noção de o quanto a omissão também é horrível. Dá uma vontade de enfiar porrada também nos pais que não fazem nada para defender seus filhos das agressões. (Embora isso seja uma visão difícil, uma vez que eu mesma raramente não me omito)

Foi com alívio que eu vi o livro sair das agressões e a garota ser enviada para um convento pela mãe. Afinal no outro livro que eu li com essa temática a história era interrompida (era uma trilogia) quando resgatavam o menino, o que deixava o livro só com passagens de violência.

Foi interessante ver ela se fortalecer na sua vocação (era uma hábil escritora) e vencer na vida, apesar de passar por mais violência na vida adulta. Boa leitura. :)

4 comentários:

  1. Se qualquer ato de violência, para mim, é inadmissível, contra os filhos é ainda pior. Mesmo num romance de ficção.

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  2. Sinistro né? E eu comprei um manga ontem que abordava também o tema, pode isso?! Tô ficando com meda!

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  3. Contra qualquer criança né? Maltratar crianças é o máximo da covardia e maldade em uma pessoa

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  4. Concordo, mas acho que seria o tipo de mãe que dá uns pescotapas de vez em quando!

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