quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Psoríase

Hoje é o Dia Nacional da Psoríase, e em homenagem a essa data excepcional (afinal de contas quantas doenças têm um dia só seu?) eu escreverei um pouco sobre essa doença que eu tenho e como ando lidando com isso ultimamente.

Ah, só para explicar por alto, psoríase é uma doença crônica de pele, de fundo multifatorial mas principalmente emocional, que se apresenta com a descamação de áreas da pele. Aliás o nome da doença vem dessa idéia de escama (pso).

Minhas lesões começaram a arder no meio do mês de setembro, então fui pesquisar sobre a doença e encontrei uma associação de portadores aqui no Rio. Além de dicas para portadores, o testemunho bem humorado no site me chamou a atenção.

Mas o que me deprimiu e me levou às lágrimas em pleno expediente creio que foi a notícia de que portadores têm maior risco de complicações cardíacas. Não gosto da idéia dessa pereboríase reduzam de alguma forma a minha chance de sobrevivência. Já é ruim o suficiente que eu fique com vergonha das quase-feridas.

Me organizei para ir a uma das reuniões do grupo, mais especificamente a de 26 de setembro. Se nada mais me valeu, pelo menos com isso agora eu tenho uma carteirinha de alberguista, que fiz para poder aproveitar um pouco o sábado e não chegar na tal reunião como um zumbi como eu faço com o trabalho.

Mas antes de ir, dei uma folheada também no Consenso Brasileiro de Psoríase. Não foi legal saber que no início psoríase era considerada lepra (a atual hanseníase). Bem que me disseram para parar de ler coisas que me entristecem. Pena que, apesar da ignorância ser uma bênção, eu sou curiosa demais para poder usufrui-la.

Comecei a usar esse mês um remedinho que parecia que eu já tinha usado antes, mas esse ficou fedido e preto. Totalmente diferente dos outros que eram sempre clarinhos tipo branco ou perolado. Maínha diz que faz efeito, só que dá preguiça ter que limpar a lambança que fica 10 h depois...

Mas vambora. Ir embora a maledeta não vai por que os remedinhos que me garantem a vida em sociedade agravam a doença, mas pelo menos essa coisa de arder está começando a me deixar vaidosa, já que  lambuzar tudo com hidratante parece aliviar o desconforto.

O negócio é achar o lado positivo da coisa, e se não tiver, inventar um. Bom dia da psoríase para vocês, e espero que sejam do tipo que conseguem não ter nojinho dos portadores. Se for, parabéns: você é um espírito mais avançado do que eu e a maioria da população.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

BAD - Mudança Climática

Eis então o tema deste ano do Blog Action Day: numa tradução livre feita com meu parco conhecimento ingleizístico resultou Mudança Climática. Novamente me vi com um tema de redação sobre o qual a princípio não tenho nada a dizer. Mas como da última vez que eu me meti com um tema desse gênero (desconhecido, não ambiental) eu achei os resultados razoáveis, vamos tentar:


Como boa leiga no assunto, vou começar tentando entender a expressão: Mudança Climática me remete a problemas com temperatura, chuvas e ventos. A pressão me parece que está relacionada também com a forma como percebemos o clima, mas nunca ouvi falar de nada que tenha afetado a pressão atmosférica então deixa quieto.


No fundo, nos preocupamos com esses temas por um quê de egoísmo. Não estamos nem aí com o planeta ou com os bichinhos, afinal de contas nada disso acabaria com o mundo e tem vários bichos que resistiriam a essas alterações que tanto tememos.


Não que isso não seja um comportamento saudável. Mas me parece que fomos ficando mais sensíveis a esse tipo de interferência em nosso meio ambiente à medida que paramos de acreditar que existe um Deus que organiza tudo de algum lugar. Ou ainda à medida que a sociedade foi evoluindo e começando a poder se dar ao luxo de ter outras necessidades além das essenciais.


Não é que não seja importante pensar em por que está ficando quente em lugares que eram tradicionalmente frios, aparecendo ciclones extratropicais (aka furacões) no Brasil e tudo parece ficar alagado com mais frequencia. Somos uma espécie bem frágil e nossa sobrevivência depende de que tomemos vergonha na cara e usemos os recursos naturais de forma responsável.

Mas isso não é, como aparenta, por nobreza. É uma necessidade nossa, e tem que ser feito.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Todo o garoto tem

Mesmo com aquela coisa irritante de ficar contando a história com bilhetes, anotações em palmtops, e-mais e diários que eu já vi em outro livro da Meg Cabot, Todo garoto tem é um romance contemporâneo bem divertido.

Li como bebo água. O fiz em um dia, e olha que foi num dia de semana. Isso quer dizer que eu devo ter lido em no máximo umas 5 horas, nos intervalos de de deslocamento casa-trabalho-casa.

E a ansiedade de voltar a tem aquele volume nas mãos para ver qual seria a nova trapalhada do casal que foge das famílias religiosas para se casar na Itália? E qual será a próxima idéia malsucedida da madrinha cartunista? E qual vai ser a próxima cantada não intencional que o padrinho avesso ao casamento vai passar?

Um ótimo passatempo, realmente!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Malinche

Livro de Laura Esquivel que comprei sem ter idéia de quem fosse a personalidade-título, junto com Crepúsculo.

A julgar pela capa, achei que fosse mais um daqueles livros sobre a vida das mulheres árabes que eu costumava comprar. Acabei com algo inédito para a minha cultura geral: A história da mulher que serviu de intérprete entre os espanhóis e imperador Montezuma.

A rigor, Malinche é o título de Hernan Cortés, "O amo de Malinalli". A nativa, escrava depois da morte da avó que a criara, é percebida como falante de uma língua para a qual os estrangeiros ainda não tinham tradutor.

A jovem inicialmente acredita, como muitos dos seus, que aqueles homens sejam enviados de Quetzacoatl, e mais intimamente que eles impediriam os sacrifícios humanos apoiados por Montezuma. Mas aos poucos ela vai percebendo que eles não ligam para o milho, e dão uma importância exagerada ao ouro, as fezes dos deuses.

Laura Esquivel demonstra todo o conflito dessa personalidade da história mexicana. Confesso que me era totalmente desconhecida, mas é muitíssimo interessante.

Ah, e antes que eu me esqueça: Achei e usei como pappel de parede uma foto da árvore que dá nome à heroína, tirada na Nicarágua pelo que pude apurar. Veja lá no álbum do fotógrafo, por que eu tenho preguiça da inserir imagens por aqui!