quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desventuras rodoviárias em série

Então. Resolvi, para começar, garimpar coisas não publicadas e achei essa "série" de aventuras rodoviárias - sabe como é, muita coisa podem acontecer em 4 horas diárias de viagem. A rigor o texto a seguir já foi publicado em 14 de julho de 2005, mas como o provedor(?) que sustentava o blog não existe mais a história não estava mais disponível na rede, o que é uma lástima! ;)

Espero que vocês se divirtam!

Desventuras rodoviárias em série
Por Refugiada no Rio

Cenário: Voltando para casa, num meio de transporte também conhecido popularmente na época da Sra. Refugiada no Rio mãe como cata-corno (não me perguntem o por quê, se alguém souber...).

A protagonista (no caso, eu) dorme tranqüilamente no confortável assento do ônibus durante os cerca de 50Km que separam a sua casa do seu local de trabalho.

Lá pelo meio do trajeto, ouve-se:
TEC!
TEC!
TEC!

Acompanhem o meu raciocínio sonolento:
1º - Estou no Rio de Janeiro.
2º - Mais precisamente na Av. Brasil.
3º - Sou acordada com estouros repetitivos.

Qual a conclusão de qualquer refugiado? Tiroteio!!

Afundei na pseudo poltrona, me pretegendo no melhor estilo dos filmes Hollywoodianos atrás da parede de compensado do ônibus. Mui protetor, mas quem disse que eu estava ligando para isso a essa altura? Eu estava era desejando ter vindo em pé, para usar as pessoas ao meu redor de escudo-humano!!!

Uma voz masculina (mais idosa) tenta me tranqüilizar. Calma, calma

Como assim calma? Ainda mais que o ônibus parou!
O barulho também... Xi... será que os traficantes resolveram ''passar o cerol'' em nós pobres trabalhadores?

O homem ao meu lado completa: Não foi tiro não!

Não? Comecei a respirar aliviada.

Não. Foi o pneu que estourou. responde uma senhora com simplicidade.

Ah, legal, foi só o ... Cara...cóis saltitantes!!! Ninguém merece! Isso é hora? Isso é lugar?

Não podia ter quebrado lá esquina lá de casa não? Por que só acontece isso longe daonde a gente tem que descer?!

Descemos do ônibus, em um atoleiro básico formado à beira da estrada por causa das chuvas. Dei uma olhada no dito pneu: totalmente careca, um pedaço da câmara para fora, o que produzira os barulhos estralhos que tão suavemente haviam me despertado para ficar aguardando até passar o 5º ônibus da mesma linha para eu poder chegar em casa....

Animador.

2 comentários:

  1. heh

    com quase 2 metros de altura, como conseguiu "afundar na poltrona"?

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  2. ::.Y.::

    Não esqueça a ausência de estofamento dos ônibus da época. Mas nem sou taãão grande assim. Além do mais eu era mais jovem e portanto um pouco menor.

    Mas numa hora dessas sempre se dá um jeito! ;)

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